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Quando solicitar o ecocardiograma veterinário?

Quando solicitar o ecocardiograma veterinário

Patologias do coração estão entre as principais causas de morte em animais domésticos. Os motivos são variados, mas uma característica específica se destaca: o silêncio. Ao contrário de outras doenças, as cardiopatias frequentemente não apresentam sintomas fáceis de notar.

Por causa disso torna-se essencial entender quando solicitar o ecocardiograma veterinário. Este é um dos exames que ajuda a descobrir se existe algo de errado com o coração do cachorro ou gato.

Nesse texto nós vamos aprofundar nas explicações sobre o ecocardiograma veterinário. Explicaremos o que ele é, quais são as suas principais indicações, os seus tipos e como ele é feito. Vamos lá?

Caso você ainda não saiba, o CDMV atua na formação e qualificação de profissionais para atuar nos cuidados com os animais. Veja aqui as opções de pós-graduação veterinária.

O que é o ecocardiograma veterinário?

O ecocardiograma, também conhecido como “ecografia”, é um exame de diagnóstico por imagem. Como o seu nome sugere, ele fornece imagens do coração, obtidas por meio de uma ultrassonografia cardíaca. Este é um dos exames mais importantes na cardiologia veterinária.

Antes de saber quando solicitar o ecocardiograma veterinário vale a pena relembrar que é por meio dele que é possível observar as estruturas cardíacas de cães, gatos e outros animais de pequeno porte. Possíveis alterações nas partes do coração e na circulação sanguínea também são facilitadas com o uso desse exame simples e rápido.

Embora o ecocardiograma exista também na medicina humana, ele tem importância ainda maior na veterinária. Considerando a escassez de sinais das cardiopatias e a impossibilidade de animais relatarem seus sintomas, exames dessa natureza trazem informações valiosas.

Quando solicitar o ecocardiograma veterinário?

Ecocardiogramas são indicados para uma variedade de situações e casos, nem sempre relacionados com as atividades e as estruturas cardíacas do animal examinado. Um exemplo são as indicações pré-anestésicas e pré-operatórias, importantes no contexto cirúrgico.

Mais comumente, o exame é essencial para determinar a existência de cardiopatias congênitas ou adquiridas. Condições como aumento das câmaras cardíacas, cardiomiopatia, efusões pericárdicas e formações neoplásicas são observadas com este tipo de estudo.

Com ele também se avalia sinais clínicos como cianose, desmaios, letargia, pulso fraco, sopro cardíaco e tosse prolongada. Também são identificados tumores e edema pulmonar, condições graves e que podem levar ao óbito, se não forem percebidas a tempo. Ou seja, quando solicitar o ecocardiograma veterinário? Sempre que houver suspeita de algum destes problemas.

É interessante destacar seu uso como parte dos exames de rotina de um animal.

Ele permite a confirmação de diagnósticos e comparação com resultados obtidos em eletrocardiogramas e radiografias, bem como a observação da progressão de cardiopatias.

O acompanhamento de tratamentos com medicações que alteram aspectos cardíacos também são exemplos de quando solicitar o ecocardiograma veterinário. A partir dele, os médicos podem perceber se o procedimento adotado está sendo eficaz ou se está sendo prejudicial para a atividade cardíaca do animal.

Por fim, é válido notar que ele não é um exame emergencial, sendo indicado para situações a serem tratadas a longo prazo. Além disso, precisa ser solicitado especificamente por um médico veterinário, o qual identificará a sua necessidade (ou não).

Tipos de ecocardiograma veterinário

Depois de entender quando solicitar o ecocardiograma veterinário, é válido conhecer cada tipo desse exame.

Mas antes de falarmos sobre isso, vale fazer uma diferenciação clara entre esses exames e os eletrocardiogramas, com os quais são frequentemente confundidos. Embora ambos avaliem o coração, eles têm funcionamento e objetivos distintos.

O eletrocardiograma monitora especificamente a atividade elétrica do coração, enquanto o ecocardiograma permite uma visualização das estruturas cardíacas. Em comum eles compartilham o fato de serem indolor, não invasivos e extremamente úteis para diagnósticos.

Dito isto, podemos falar especificamente dos tipos de ecocardiogramas existentes. Destacam-se cinco: ecocardiografia bidimensional, ecocardiograma com doppler contínuo, doppler pulsado ou doppler colorido (três tipos distintos) e ecocardiografia em modo M.

A diferenciação entre eles se dá em seu funcionamento e nos objetivos pelos quais são pedidos. Ou seja, além de você saber quando solicitar o ecocardiograma veterinário, deve entender qual será o tipo de exame que precisa.

De toda forma, todos eles funcionam em tempo real e exigem conhecimentos técnicos para uma correta execução e interpretação das imagens.

Como é feito o ecocardiograma veterinário?

Esse exame tem uma execução bastante fácil, o que é o seu principal benefício. Além dos aspectos indolor e não invasivo mencionados anteriormente, ele também requer pouca ou nenhuma preparação por parte do médico veterinário ou do tutor.

O animal não precisa ficar em jejum e não é sedado. Esse último aspecto é particularmente importante, porque a sedação interfere no monitoramento de alguns sinais vitais, o que prejudica a realização do ecocardiograma. Caso seja necessário, realiza-se a tricotomia.

O procedimento demora cerca de 40 minutos e as imagens são registradas sob a forma de ondas sonoras refletidas. Por ser um procedimento padrão, ele pode ser feito em animais de todas as idades, sendo especialmente recomendado em idosos e cardiopatas.

Não existe qualquer contraindicação para o ecocardiograma veterinário. Existem situações em que ele não é especialmente útil (assim como qualquer outro exame), mas, quando realizado, não são observados aspectos negativos ou prejudiciais para o animal examinado.

Ou seja, se estiver em dúvida sobre quando solicitar o ecocardiograma veterinário, é melhor realizar o exame do que deixar de fazê-lo.

Embora rotineira, a realização do ecocardiograma exige atenção e conhecimentos aprofundados. De nada adianta ter as imagens obtidas pelo exame, se o veterinário não for capaz de interpretá-las da maneira correta.

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